Azul YInMn
Você acha que ainda existem cores à serem descobertas ou essas tonalidades que nós conhecemos são as únicas cores que existem? De onde elas vêm, como e por quem elas são “criadas”? Hoje, nós vamos esclarecer alguns pontos e falar um pouco mais sobre o azul YInMn, a mais nova cor descoberta!
Para começar, vamos explicar, de forma bem resumida, o que são cores e como elas funcionam.Podemos dizer que as cores não existem materialmente, já que não possuem corpo ou peso.Sendo assim, a cor não passa da interpretação que o nosso cérebro faz da radiação eletromagnética(ou, luz) recebida pelos nossos olhos. Essa luz se propaga através de ondas que possuem picos e vales. A distância entre dois picos equivale ao comprimento de uma onda e é o comprimento de uma onda que define o tom de cada cor. Sendo assim, diferentes cores possuem ondas de diferentes comprimentos. Ahh, importante dizer também que quando um certo objeto é iluminado, ele absorve todas as cores, com exceção daquela que nós estamos enxergando, por exemplo: se nós vemos algo azul, é porque aquele objeto foi iluminado e conseguiu absorver todas as cores, menos o azul. Ainda dentro do tema absorção da luz, é válido lembrar que temos as cores primárias, as secundárias, as terciárias, as complementares, as análogas e as cores quentes, frias e neutras.
Agora que colocamos alguns pingos nos is, vamos conhecer o azul YInMn, a cor que foi descoberta por acidente! O novo tom de azul foi descoberto em 2009, quando, a fim de encontrarem componentes com novas propriedades eletrônicas, o químico da Universidade Estadual do Oregon, Mas Subramanian e seus alunos, misturaram óxido de manganês (Mn), ítrio (Y) e índio (In) e aqueceram tudo a 2.000ºC. O resultado, foi um material péssimo em condutividade elétrica, mas com um pigmento tão brilhante, durável e estável, que não desvanece nem mesmo se misturado com água ou óleo. Após vários testes como toxicidade (problema que afeta todos os outros tons de azul, principalmente o lápis-lazuli), estabilidade e etc, em 2015, a tonalidade foi de fato aceita como uma cor e de lá para cá, vem aumentando o número que pessoas que a utilizam, principalmente no meio artístico, como a pintora Madelaine Conbin, que usou o tom de azul para pintar a fachada de um prédio de uma das suas mais recentes obras. Inclusive, o azul YInMn já foi incluído na lista de cores do Museu de Arte de Harvard e espera ser escolhido logo logo pela Pantone como a cor do ano. Ainda segundo Subramanian, “nosso pigmento, chamado YInMn blue, pode refletir o calor. Logo, se for usado para pintar edifícios ou carros, pode mantê-los mais frescos”.
Agora, só nos resta esperar a liberação comercial e geral da cor.
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